Resiliência no trabalho: como impulsionar essa soft-skill nos colaboradores?
Saiba como o RH pode guiar os colaboradores para enfrentar os desafios do dia a dia com confiança através da resiliência no trabalho.
Por Julia Silva
Última atualização em 28 de março de 2023
Antes mesmo do início da luta feminista pela igualdade de direitos, as mulheres já enfrentavam desafios relacionados à sua inserção e permanência no mercado de trabalho. Embora muito tenha mudado nos últimos anos, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens.
Em 2023, as mulheres ainda enfrentam uma série de desafios no mercado de trabalho, que podem afetar seu sucesso e crescimento profissional, e também sua saúde mental.
Por isso, é essencial que profissionais de RH de todas as empresas conheçam a fundo quais são esses desafios e como é possível contribuir para que eles se tornem cada vez menores.
Em primeiro lugar, é importante reconhecer o valor e a contribuição das mulheres no mercado de trabalho. As mulheres são responsáveis por uma parcela muito significativa do trabalho e do progresso econômico em todo o mundo, e não poderia ser diferente dentro das empresas.
A presença de mulheres em diferentes setores e cargos traz uma perspectiva única e diversificada, que pode melhorar a tomada de decisões e a inovação, além de causar impactos sociais relevantes para a sociedade como um todo.
Portanto, é urgente garantir que as mulheres sejam ouvidas, valorizadas e, antes de qualquer coisa, respeitadas no ambiente de trabalho.
Embora tenhamos visto avanços significativos nos últimos anos, as mulheres ainda enfrentam desafios no mercado de trabalho. Aqui estão alguns dos principais desafios que as mulheres ainda precisam enfrentar em 2023:
A equidade salarial ainda é um desafio para as mulheres em muitos países, incluindo os mais desenvolvidos. As mulheres muitas vezes recebem salários mais baixos do que os homens, mesmo quando desempenham o mesmo trabalho e têm as mesmas qualificações.
Por isso, é necessário que as empresas, em especial os setores de RH, façam uma avaliação justa e transparente dos salários e benefícios oferecidos para garantir que as mulheres recebam o mesmo que os homens quando desempenharem as mesmas funções.
Estabelecer uma política de cargos e salários clara pode ajudar muito a superar esse desafio.
Infelizmente, o assédio ainda é uma realidade para muitas mulheres no ambiente de trabalho. O assédio sexual e moral pode acontecer de várias formas, que vão desde piadas ofensivas até comportamentos mais explícitos e agressivos.
Sendo assim, é importante que as empresas adotem políticas claras de tolerância zero ao assédio e garantam que os funcionários tenham canais de fácil acesso para denunciar qualquer episódio de assédio.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode ser um desafio para todas as pessoas, mas é inegável que, mesmo em 2023, grande parte das mulheres geralmente têm mais responsabilidades em casa do que os homens.
Com isso, a famosa “jornada dupla”, ou até tripla quando se trata de mulheres que são mães, torna o equilíbrio entre as áreas da vida um desafio ainda maior.
As empresas podem oferecer melhores condições nesse caso ao criar políticas de licença parental mais flexíveis, opções de trabalho remoto e horários flexíveis para permitir que as mulheres equilibrem melhor suas vidas profissionais e pessoais.
Comportamentos machistas, como mansplaining e bropriating, infelizmente, ainda são comuns no ambiente de trabalho e podem impedir as mulheres de avançarem em suas carreiras.
O ‘mansplaining’ acontece quando um homem explica algo para uma mulher de forma condescendente, assumindo que ela não sabe sobre aquele assunto, quando na verdade ela já sabe. Já o ‘bropriating’ é quando um homem rouba a ideia de uma mulher e a apresenta como sua própria.
Esses acontecimentos podem prejudicar a confiança, a motivação e a autoestima das mulheres no ambiente de trabalho, e é importante que as empresas estejam atentas para evitar sua ocorrência.
As mulheres muitas vezes têm menos oportunidades de crescimento do que os homens no ambiente de trabalho. Isso pode acontecer, inclusive, pela falta de representatividade em posições de liderança ou em cargos de alta remuneração, o que pode fazer com que as suas chances de avançar em suas carreiras dentro da empresa sejam limitadas.
As empresas devem trabalhar para garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional, oferecendo programas de mentoria, treinamentos e planos de carreira claros e bem definidos.
A maternidade pode ser um desafio para as mulheres no mercado de trabalho, especialmente quando se trata da compatibilização entre as demandas da maternidade e as demandas do trabalho.
Algumas mulheres ainda enfrentam situações de discriminação em relação à maternidade, tais como serem vistas como menos produtivas ou terem menos chances de promoção após voltarem da licença maternidade.
É importante que as empresas tenham políticas claras de proteção e incentivo às mães, bem como medidas para evitar qualquer tipo de discriminação no ambiente de trabalho.
O departamento de recursos humanos (RH) desempenha um papel fundamental na redução dos desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho. Aqui estão algumas medidas que o RH pode tomar para reduzir esses desafios:
As empresas devem ter políticas claras de equidade salarial e transparência, garantindo que todos os funcionários sejam pagos de forma justa e transparente pelo mesmo trabalho. O RH pode ajudar a monitorar e avaliar os salários e benefícios oferecidos, para garantir que não haja nenhum tipo de discriminação de gênero.
O RH deve trabalhar para garantir que as empresas tenham políticas claras de tolerância zero ao assédio sexual e moral, além de criar mecanismos de denúncia que sejam seguros e confidenciais.
Ainda em relação ao tema, o RH também pode se empenhar para desenvolver programas de treinamento para funcionários, abordando o assédio e a discriminação no ambiente de trabalho.
As empresas podem ajudar a equilibrar a vida pessoal e profissional das mulheres, oferecendo opções de trabalho flexíveis, como trabalho remoto, horários flexíveis e/ou licenças específicas para que mães e pais possam cuidar dos filhos quando eles estiverem doentes, por exemplo.
Uma das formas de aumentar o protagonismo das mulheres na sua vida pessoal e profissional é através de benefícios que as ajudem a conquistar maior independência financeira. Além de oferecer, é claro, um salário justo, o RH pode desenvolver um programa de benefícios focado em saúde financeira.
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Os programas de mentoria podem ajudar as mulheres a se conectar com líderes experientes, aprender com suas recomendações e compartilhar conhecimentos. O RH, então, pode trabalhar com as equipes de liderança para desenvolver programas de mentoria que apoiem o desenvolvimento e o crescimento profissional das mulheres na empresa.
Embora muitas mudanças positivas já tenham ocorrido no mercado de trabalho em relação à igualdade de gênero, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades e tratamento justo que os homens.
As empresas e o RH têm um papel fundamental a desempenhar na redução desses desafios. Quando as ações são implementadas de forma eficaz, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo, onde as mulheres possam prosperar e alcançar seu potencial máximo!
Saiba como o RH pode guiar os colaboradores para enfrentar os desafios do dia a dia com confiança através da resiliência no trabalho.
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